Como Funciona a Metodologia LIFE

A Metodologia LIFE de Negócios e Biodiversidade é um instrumento que possibilita uma análise clara e objetiva da pressão, dos impactos (positivos e negativos), dos riscos, dependências e oportunidades na relação do negócio com a biodiversidade.

Aplicada através do software LIFE Key, ela oferece métricas que permitem que as organizações avaliem e monitorem, de forma quantitativa e qualitativa, seu desempenho em relação à biodiversidade. Desta forma, sua aplicação orienta estrategicamente as organizações para que a escolha e os investimentos nas ações de conservação que desenvolvem sejam mais eficazes e eficientes.

A Metodologia LIFE apresenta três passos que se interrelacionam:

Com a aplicação da primeira etapa da  Metodologia LIFE de Negócios e Biodiversidade, as organizações realizam um diagnóstico da sua gestão da biodiversidade.

Nesta etapa, é feita a avaliação inicial do sistema de gestão e das operações comerciais da empresa. E para entender o contexto onde o negócio está inserido, é feita a caracterização da paisagem, com a identificação da(s) ecorregião(ões), da região hidrográfica, das prioridades de conservação e das espécies de flora e fauna ameaçadas. Paralelamente, são identificadas as ações de conservação já implementadas pela organização.

O sistema de gestão da organização é avaliado de acordo com o Padrão LIFE de Negócios e Biodiversidade, que apresenta Princípios, Critérios e indicadores de gestão, aplicáveis de acordo com o setor e tipo de operação do negócio. Para ter acesso aos documentos do Padrão e das Premissas LIFE que o embasaram, clique aqui.

A avaliação da efetividade das ações de conservação já implementadas pelas organizações segue diretrizes que consideram tanto as prioridades nacionais e internacionais de conservação da biodiversidade como a efetividade das ações realizadas. As informações sobre essas prioridades se encontram atualizadas e sistematizadas aqui.

O Sistema de pontuação das ações de conservação prioriza iniciativas com maior potencial de manutenção dos serviços ecossistêmicos e de conservação da biodiversidade em um menor espaço de tempo.

 

Por exemplo, ações para criação e proteção de áreas protegidas legalmente decretadas (denominadas, no Brasil, de Unidades de Conservação) garantem um retorno direto e efetivo para a manutenção dos serviços da natureza, portanto pontuam mais que ações realizadas com foco na proteção de uma única espécie. Maiores detalhes sobre esse sistema de pontuação podem ser encontrados aqui.

Na segunda etapa avalia-se a pressão exercida pelas atividades da organização. É calculado o Índice de Pressão à Biodiversidade (IPB), que considera aspectos ambientais como consumo de energia e água, geração de resíduos, emissão dos gases de efeito estufa e índice de uso do solo, considerando tanto sua quantidade quanto sua severidade.

O IPB é um índice, numa escala de 0 a 1000, que permite comparabilidade tanto entre unidades dentro da mesma organização, como entre diferentes organizações e setores de atividades.

Paralelamente, os impactos, dependências, riscos e oportunidades da relação do negócio com a biodiversidade são avaliados por meio da Matriz LIFE de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.

 

Depois de levantadas todas essas informações, a metodologia calcula o desempenho mínimo necessário em ações de conservação para compensar o impacto causado pelo uso dos recursos naturais.

 

Mais informações sobre como se dá esse cálculo estão disponíveis aqui.

 

Saiba mais:

Como surgiu a Metodologia LIFE?   

Diferenciais da Metodologia LIFE?   

Documentos LIFE