Instituto LIFE apresenta seu trabalho em reunião de governos na Holanda

18 junho 2019

Entre os dias 10 e 14 de junho, ocorreu em Utrecht, na Holanda, a Semana Internacional de Sustentabilidade organizada pela Amsterdam Declarations Partnership (ADP). A ADP é uma aliança que envolve sete países europeus que se comprometeram em cooperar com o setor privado e os países produtores de commodities sustentáveis. Em 2015, no contexto do Acordo de Paris, esses países estabeleceram a Declaração de Amsterdam sobre o Desmatamento e a Declaração de Amsterdam sobre o Óleo de Palma. A primeira aposta em uma agenda climática que inclui o combate ao desmatamento, enquanto a outra considera o papel que a Europa tem, como segundo maior mercado de importação, em pressionar a cadeia de fornecimento para que a produção de óleo de palma seja sustentável.

Os sete países signatários das declarações são a Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega e Inglaterra. Comprometidos com produtos sustentáveis e livres de desmatamento, esses países unem esforços para influenciar processos chaves que ampliem a aceitação de mercado das commodities sustentáveis em seus respectivos países e coordenam políticas e sinergias entre iniciativas da cadeia de fornecimento e iniciativas a nível de paisagem nos países de origem destes produtos.

No dia 13 de junho, ocorreu a “ADP Multi-Stakeholder Meeting”, com o objetivo de compartilhar lições e insights sobre este tema, e o Instituto LIFE foi convidado a participar.

No evento, foi ressaltada a importância das florestas e áreas de conservação e suas gestões responsáveis, dado que 24% dos problemas de mudanças climáticas são causados pela mudança no uso de terra e seu uso indevido. A gerente técnica do LIFE, Regiane Borsato, que participou do painel “o Futuro da Agricultura”, falou sobre a conservação da biodiversidade como estratégia do agronegócio para a sustentabilidade na cadeia de fornecedores.

“A biodiversidade precisa integrar as práticas de manejo na produção de commodities. Precisamos quebrar o paradigma que divide áreas produtivas de áreas conservadas, aliando a produção com a conservação da biodiversidade”, destacou Regiane. “Essa é a única forma de mantermos a composição, a estrutura e a função dos ecossistemas. Pois estes são os únicos fatores capazes de manter a produção de commodities no longo prazo”, complementou.

A Metodologia e a Certificação LIFE foram reconhecidos como importantes ferramentas para auxiliar a produção de commodities a medir e a comunicar os balanços entre impactos e a manutenção dos serviços ecossistêmicos.

O Instituto LIFE também apresentou o seu novo projeto para o desenvolvimento de um Padrão Internacional para a Gestão Sustentável do Território. Várias iniciativas presentes, que atuam em áreas correlatas foram convidadas a ingressar na Rede de Gestão Sustentável do Território. A Rede será responsável por apoiar tecnicamente o desenvolvimento deste novo Padrão.

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